Esse é o primeiro livro que leio de Giffin, embora a autora tenha escrito várias obras. Não iniciei a leitura com uma expectativa grande; apenas estava neutra. O bom é que fiz certo. Ele poderia ser resumido com apenas uma palavra, mas vou deixá-la para depois.

Somos apresentados a Shea, ela tem 33 anos e namora um ex-jogador de futebol americano. Sua amiga Lucy está enfrentando um processo difícil, pois sua mãe faleceu e a jovem só tem Shea e seu pai – o treinador Carr, além do seu irmão (o que vale dizer que é uma verdadeira peça descartável no livro, já que ele não acrescenta em nada).

Shea e Lucy são amigas desde a infância, embora sejam bem diferentes tanto na forma física quanto na personalidade, elas são bem unidas e uma sempre ajuda a outra em tudo o que pode. Enquanto Shea vive mais baseada na realidade e segurança, Lucy é ousada e prefere se arriscar. Além disso, Shea adora esporte e gosta de acompanhar o time do treinador Carr; Lucy, por sua vez, não é ligada ao futebol e se apega a sua loja de roupas de luxo.

A jovem acha que gosta de seu namorado, mas Lucy coloca tantos pontos negativos nele que resolveu repensar sobre seu relacionamento. A verdade é que Shea achava que gostava de um e não gostava; passou a se relacionar com outro e estava convicta que era isso que queria; estava enganada. Ela sabe o que quer, mas prefere esconder os seus sentimentos. Porém, até quando?

O livro tem uma lição a nos passar, mesmo com uma história fraca e um esporte que não chama tanto a atenção do público brasileiro. O fato é que esse esporte é muito cobiçado nos Estados Unidos, no entanto, aqui, não é bem dessa maneira. Mesmo com esse ponto negativo e alguns outros, a autora consegue colocar o leitor para refletir. Até que ponto um amor pode prejudicar uma amizade? Até que ponto vale a pena ocultar o que sentimos? Medo, insegurança, receio, dúvida e diversos sentimentos e sensações estão presentes no livro.

No entanto, não é só disso que o livro “vive” e acredito que apenas isso não é um ponto-chave para prender ninguém. É necessário que a história tenha um carisma e que envolva o leitor, senti falta disso enquanto lia. Shea e Lucy são excelentes amigas e isso me cativou no início, mas depois percebi que não era o suficiente. Um livro que possui mais de 400 páginas não poderia ter apenas uma relação de amizade como centro. Nesse caso, ponto para a autora por elaborar outras ideias. Contudo, voltamos à estaca zero no quesito “elemento”.

Li a obra aos trancos e barrancos, mais parecia que estava concluindo um livro jurídico para a Faculdade, daqueles em que somos obrigados a ler para fazer algum trabalho. Não é pelo tamanho e nem por ser um romance, é pela carga excessiva contida nele. Não existe leveza e os termos técnicos trabalhados do futebol americano me deixaram cansada e, sem dúvidas, a experiência que eu tive com a autora não foi a das melhores. Aliás, foi a pior que eu poderia ter. Tirando as partes ruins, sobraram as boas, claro, e assim é possível gostar do livro. A palavra que definiria bem seria “desgastante”.

A capa do livro não é das melhores da Novo Conceito, óbvio, mas achei a simplicidade contida nela bem agradável e a diagramação não deixou a desejar – como sempre. A editora, por seu trabalho, está de parabéns, com uma revisão muito bem feita; fez a sua parte, enquanto o conteúdo não seguiu o mesmo processo. 


Título: Primeiro e Único
Autora: Emily Giffin
Editora:
Novo Conceito
Páginas: 448
Ano: 2015

Um comentário:

  1. ah, jura que não engrenou como um dos bons? eu li todos os outros livros da Emily e adorei todos, embora seja meio água com açúcar, gosto dos livros dela porque nem sempre o final feliz é o esperado, sai um pouco do óbvio, sabe? Esse eu ainda não conhecia, vamos ver se vou gostar tanto quanto gostei dos outros! :*

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